A experiência de ver Paul McCartney

É quase impossível descrever a sensação de assistir um show de Paul McCartney, mas eu vou me arriscar.

Chegar perto do estádio e dar de cara com milhares de pessoas usando camisetas dos Beatles é o primeiro sinal de que tem coisa boa por vir. Então a gente aguenta esperar horas na fila tomando chuva, não tem problema.

Depois de entrar no estádio e se surpreender com o atraso do Paul, as luzes se apagaram e o público foi presenteado com uma introdução capaz de deixar o mais másculo dos homens com lágrimas nos olhos. Fotos e vídeos de toda a vida de McCartney passavam no telão, parecia até que estávamos vendo o álbum de algum parente nosso, de tão familiar e emocionante que era ver aqueles rostos.

Imagem daqui.

Então, o palco se enche de fumaça e um homem aparece correndo ali no meio. Mas não pode ser ele, pode? Pior que é! Sir Paul McCartney está mesmo ali. E antes que você consiga processar direito esta informação, ele começa a entoar os mais belos clássicos de sua carreira, como se ainda estivesse com seus vinte e poucos anos.

O cara, que já passou dos setenta, corre, pula, brinca, toca tudo quanto é instrumento e ainda homenageia seus amigos mais queridos. Um show fantástico do começo ao fim, mas não tenho como deixar de destacar as canções de seu novo álbum, que mal foram lançadas e já se tornaram verdadeiros hinos dentro dos estádios por onde ele passa.

Além de tudo, o cara é simpático! Faz o maior esforço para falar em português e não para de interagir com o público. Dá pra entender o motivo da galera se emocionar com as músicas mesmo com a chuva caindo sobre suas cabeças e encharcando suas roupas.

Bom, vou tentar resumir tudo em uma frase. “Porra, eu vi um Beatle!”